Seu filho não come bem? Que tal explorar o alimento?

Seu filho não come bem?
Seu filho não come bem? Essa é umas das queixas mais comuns em consultórios de pediatras e de nutricionistas.
Antes de mais nada; precisamos saber o que é comer bem!
Primeiramente, quando entrevistamos mães na no primeiro encontro, percebemos que a maioria das mães apresentam frustrações em relação a aceitação alimentar da criança.
As mães tem o conceito de que comer bem é comer em quantidade, bem como ficam frustradas quando a criança come apenas poucas colheres da comida oferecida.
Mas a quantidade que a criança come, não define que ela está comendo bem.
Se a criança tem uma variedade alimentar, aceita bem frutas, verduras e legumes, carnes, derivados do leite, mesmo que em pequenas quantidades, por exemplo, ela come melhor do que uma criança que aceita uma “pratada” de arroz e feijão apenas.
Muitas vezes a criança come o suficiente para o seu apetite e tamanho. A criança não é pequena porque não come muito, mas sim porque tem fatores hereditários que determinam o seu fenótipo.
O aumento do peso e crescimento não demonstra que a alimentação dessa criança é saudável, esse crescimento pode acontecer pelo excesso de ingestão de carboidratos de qualidades ruim, gorduras, alimentação pobre em vitaminas, fibras e minerais, que podem ainda desencadear problemas na saúde da criança como aumento nos níveis de triglicerídeos, glicose e alterações nas taxas de colesterol.
Por isso que uma avaliação do que compõe o prato da criança é importante, para saber se há uma variedade na aceitação alimentar dessa criança.
Os parâmetros antropométricos não podem ser o único a ser utilizado nas consultas nutricionais ou pediátricas, mas é necessário que seja associada a uma avaliação da composição alimentar, rotina alimentar e dinâmica familiar, que são outros fatores relacionados diretamente com a aceitação alimentar.
Agora, se a criança não tiver uma variedade na alimentação, recusando muitos alimentos, essa criança pode começar o ciclo de seletividade alimentar, e isso sim é não comer bem!
São muitos os fatores capazes de provocar uma relação complicada com a comida. Se a criança recusa um alimento, por exemplo, e os pais acham que ela nunca vai gostar daquilo, isso acaba estimulando uma seletividade exagerada.
“É normal o medo de provar o novo. A saída é persistir, oferecer o item outras vezes”
A criança seletiva tem medo do novo e também não interessam-se pelo alimento. Devemos então trabalhar com orientações direcionadas para melhorar essa relação da criança que por ela é rejeitada.
Explorar o alimento de forma lúdica, inventar brincadeiras envolvendo alimentos são algumas das inúmeras formas que podemos despertar o interesse pelo alimento.
Veja só a dica de atividade que você pode fazer com seu filho

Carimbo com alimentos
– CARIMBO COM ALIMENTOS.
– Corte alimentos em vários formatos
– Enquanto for cortando, vá explorando com a criança as características do alimento.
– Desperte nela o interesse em conhecer mais sobre suas características sensoriais.
– Deixe a criança pegar o alimento na mão, cheirar, e brincar com ele.
– Despois use tinta e faça do corte do alimento um carimbo
DIVIRTAM-SE
FONTES:
Fisberg, Mauro & Tosatti, Abykeyla & Abreu, Camila. (2014). A criança que não come: abordagem pediátrico-comportamental. 176-189. 10.5151/medpro-2cisep-019.
Seletividade alimentar Pediatria (São Paulo) 2005;27(1):48–60 Kachani AT, et al
- ANDRADE, T. M. e cols. Crianças que não comem: um estudo psicológico da queixa materna. Rev PaulPediatria; (20)1: 30-36, 2002.